Uma exposição em Paris explora a história e a importância do cabelo em várias épocas.
A mostra “Querido Cabelo”, no museu Quai Branly até o dia 14 de julho de 2013, mostra a variação de comprimento, cores e penteados em várias épocas.
As fotos contam uma história que envolve sedução, emoção e castigo. Elas mostram o cabelo como uma ferramenta para comunicar estados como no caso de mulheres que tiveram as cabeças raspadas depois da Segunda Guerra Mundial como punição por terem se envolvido com alemães.
Além disso, a exposição também mostra também imagens de cabeças com cabelos, reduzidas por tribos indígenas do Equador e do Brasil.
A exposição é do curador Yves Le Fur, diretor de patrimônio do próprio museu. O objetivo da mostra é revelar a importância das madeixas na moda, cultura, arte, sexualidade e religião, desde a época da antiguidade até os dias de hoje.
Uma exposição no museu Quai Branly, de Paris, explora os temas ligados ao cabelo, que, para muitas civilizações tem poderes mágicos, já que cresce durante toda a vida e não apodrece após a morte.
O cabelo comprido está associado ao homem selvagem, aos artistas e aos rebeldes. Mas esta interpretação depende de cada cultura. Em Madagascar, como mostram as imagens, as pessoas de luto se apresentam despenteadas.
As mudanças de penteado estão ligadas a mudanças estéticas mas também podem marcar a mudança da identidade de um indivíduo em algumas sociedades, depois de uma iniciação. Ou ainda, uma punição, especialmente para mulheres, como foi o caso na França das que se envolveram com alemães na Segunda Guerra Mundial e tiveram seus cabelos raspados.
Com o avanço da idade, o homem começa a perder o cabelo, o que pode simbolizar o caminho para a morte.
Na foto acima, vemos a cabeça com cabelos de um prisioneiro, reduzida por índios shuar, do Equador. Em algumas culturas objetos eram fabricados com cabelo dos mortos e se atribuía poderes mágicos a eles.
Em 1944, mulher de cabeça raspada em Chartres, na França, como punição por ter filho com um alemão
O pintor Pablo Picasso, de cabelos compridos, na mesma época ; e, abaixo, corredoras do Texas que adotavam penteados nos anos 1960
Cabelos e penteados variam muito de acordo com a sociedade e a idade das pessoas. Durante muito tempo, o cabelo era solto apenas na intimidade. As tranças, por sua vez, simbolizam o domínio sobre a natureza.
FONTE: BBC